sábado, 13 de março de 2010

O gene do domínio é um gene de meerda

Que mentalidade é esta que nos consome e nos faz consumir, será o dinheiro a invenção mais determinante para nós hoje? Não somos capazes de olhar para trás e fazer melhor que isto? Tudo em que nos baseamos hoje faz de nós a civilização mais cega de todas de sempre, apesar de vivermos convencidos de que a nossa liberdade está assegurada, todos os dias que passam, são para todos nós um dia mais longe de poder intervir, mergulhamos de cabeça num sistema desenhado para nos optimizar e utilizar, como produtos de uma qualquer corporação. Nós somos os jovens de hoje, e falo no caso dos meus amigos que tal como eu começam agora a entrar na vida a sério, amigos que procuram a sua oportunidade no mundo, e não nos podemos esquecer disso, nós somos os velhos de amanha, compreendo que a razão de estarmos neste clima de instabilidade não há-de ter sido nenhum plano maquiavélico, mas foi de alguém com certeza, e não podemos deixar que o sonho desse alguém já morto, mas perpetuado pela sua indústria, continue hoje a ditar a maneira como vemos o futuro.

Antigamente a instabilidade e o descontentamento do povo levava às revoluções, mas hoje isso é muito mais complexo pois estamos ligados a todo o mundo, mas sobra-nos as nossas mentalidades, e essas têm de se manter livre capazes de ver um futuro melhor, onde os sistemas e as máquinas nos sirvam como invenções nossas, onde não nos consumam como um processo informático, não somos números, somos pessoas e temos possibilidades de vivermos num maior equilíbrio.

Acredito que muita boa gente no mundo pense como eu, e é para isso que vou contribuir, acredito que a mentalidade de ser superior é uma merda, pois como é que alguém pode, se pensar que é superior à maioria dos seus iguais, pensar no bem deles, nós não somos instrumentos para serem usados num jogo, somos pessoas normais, não somos nós, são eles os grandes senhores que têm uma mentalidade de meerda, não é pelo dinheiro que têm ou pelas extraordinárias capacidades intelectuais que são melhores, só pensam que o são porque nós deixamos.

Eu não quero 20 ziliões de euros, isso só serve para a bolsa e a bolsa só trabalha com casas decimais, nós seres humanos pensantes temos muito mais necessidades e somos muito mais complexos que isso, vamos com as nossas mentes juntas tomar o nosso mundo de volta.

Processo 1.01


Foi lindo fazer isto, Miguel e Gil temos de dar continuidade a este Processo

sexta-feira, 12 de março de 2010

Third International Award for Architecture Diploma







A minha primeira acção é reagir à escavacarão brutal que agora é o sitio de uma antiga fábrica de leite. Utilizo muros de suporte habitados para criar um espaço público protegido dentro da cidade. O projecto constrói 100% de espaço público, ocupando assim todo o local para a intervenção. No primeiro nível (rua) existe uma substancial adição no passeio público em volta do sítio, criando dois percursos, um junto à estrada e outro com vista sobre o interior do projecto, este percurso convida à permanência e o outro ao movimento. Depois de entrar por uma das 4 entradas principais construídas no percurso periférico encontramo-nos a 4.3 metros abaixo do nível da rua, estamos numa plataforma contínua de espaço público em forma de cruz, trazendo pessoas dos 4 lados do território urbano, criando assim novos atravessamentos urbanos promovendo o convívio. A cidade daqui funciona como fundo e pela sua próximidade cria um sentimento de presença na cidade. Desta plataforma podemos aceder a outras 3, 7 metros abaixo onde os programas para a universidade ganham mais força, esta passagem enfatiza uma sensação de interior exterior, apesar de agora estarmos num grande espaço aberto sentimo-nos muito mais contidos num espaço, onde os muros habitados que definem todas as plataformas se tornam muito mais evidentes.